«Máquina de ritmo», o único tema que compôs em Portugal, no Algarve, abriu a actuação de Gilberto Gil no Coliseu do Porto. A sala estava praticamente cheia para ver e ouvir o ministro da Cultura brasileiro.
Sozinho em palco, o título do concerto já o adivinhava, «Voz e Violão», Gilberto Gil conduziu os espectadores por uma visita guiada ao seu universo musical, acabando mesmo por dar uma autêntica aula sobre samba e seus derivados.
Na actuação que teve um cariz essencialmente intimista, Gilberto Gil conversou com a plateia entre todas as músicas, explicando as canções ou simplesmente enquadrando-as no contexto…
Com 51 álbuns editados, em 39 anos, entre originais, parceiras, discos ao vivo ou compilações, o músico interpretou algumas das suas mais notáveis canções, deixando ainda espaço para versões de alguns dos seus amigos, como «When I’m 64», dos Beatles, e «No Woman no cry» e «Three little birds», de Bob Marley.
«Chiclete e banana», que compôs com Jackson do Pandeiro, trouxe até ao palco Ben, filho de Gilberto Gil, que o acompanhou na viola acústica, numa verdadeira aula e viagem pela essência do samba, estilo musical que integra o ADN dos brasileiros.
Aqui o público finalmente mostrou-se acompanhando o artista e fazendo-se ouvir amiúde. Estava conquistado e, agora, já se sentia desinibido para intervir.
Apoteose final, com a assistência a ovacionar Gilberto Gil vários minutos de pé.
Fonte: Primeiro de Janeiro
1 comentário:
Eu estive lá e gostei. E tive a oportunidade de conhecer o homem pessoalmente.
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