Mais de 1.200 pessoas foram executadas em 24 países, em 2007, e 3.347 foram condenadas à morte em 51 países. Os dados são da Amnistia Internacional, que coloca a China e o Irão no topo da “lista negra”. Muitas destas execuções são secretas.
No relatório “Sentenças de Morte e Execuções em 2007”, a Amnistia Internacional manifesta-se preocupada pelo facto de muitos mais indivíduos terem sido mortos, em segredo, pelo Estado, nomeadamente na China, na Mongólia e no Vietname, e estima que mais de 27.500 indivíduos em todo o mundo se encontrem no corredor da morte.
Na China, a Amnistia confirma que foram realizadas 470 execuções, o número mais elevado da estatística, mas considera que o número real de execuções naquele país “é indubitavelmente maior”. A China, o país que condena mais indivíduos à morte, classifica a pena capital como um segredo de Estado.
Apesar destes números, 2007 foi também o ano em que a Assembleia-Geral das Nações Unidas votou a favor da abolição da pena de morte (com 104 votos a favor, 54 contra e 29 abstenções). Também em 2007 os ministros da Justiça da União Europeia, (que se reuniram ontem em Bruxelas), aprovaram por unanimidade a instituição do Dia Europeu contra a pena de morte.
Em Portugal, a pena de morte para os crimes políticos (e para todos os crimes) foi abolida em 1852. O nosso País tornou-se assim na primeira nação a abolir a pena de morte para os crimes comuns. O último português foi executado no dia 22 de Abril de 1846, por crime comum, e em 1849, por crime militar.
Fonte: Primeiro de Janeiro
Comentário:"Problema é que a morte de uma pessoa é uma tragédia. Mas a de milhões, uma estatística."
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