Os profissionais altamente qualificados que trabalham no Norte do país, com particular destaque para a zona do Grande Porto, recebem salários entre seis a oito por cento mais baixos do que aqueles que exercem a mesma actividade na região de Lisboa, com um diferencial de remuneração que chega aos nove mil euros anuais no caso dos gestores de topo. Nas chefias intermédias, a diferença salarial baixa para os quatro mil euros por ano.
De acordo com os dados do Guia Salarial 2007 da consultora Hays, um director financeiro em Lisboa ganhou em média 66 mil euros no ano passado, enquanto o seu homólogo no Porto auferiu 57.800 euros. Para o caso da gestão intermédia, um trabalhador na capital recebe 33 mil euros, vencimento que desce para os 29 mil euros no caso do gestor com um cargo semelhante estar a trabalhar na cidade «Invicta».
A concentração dos principais órgãos de decisão políticos, económicos e sociais na região da Grande Lisboa foi um dos principais argumentos dos diversos agentes que o JANEIRO ouviu nos últimos dias.
O presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários, Armindo Monteiro, considerou importante “uma verdadeira descentralização de ministérios, secretarias de Estado e institutos com poder”, lamentando que a administração dos quadros de topo, incluindo na função pública, estejam concentrados em Lisboa. “O poder político devia criar condições para que não haja concentração territorial em Portugal”, acrescentou o presidente da ANJE.
Fonte: O Primeiro de Janeiro
Comentário: "Este problema nacional de um total centralismo só terá solução com um processo da regionalização. A regionalização permitiria ao País uma maior autonomia, mais recursos financeiros às Câmaras municipais e iria reforçar as competências e poderes locais. As necessidades e prioridades nacionais podem muitas vezes não serem as regionais... Este centralismo origina os atrasos sociais e económicos, a desertificação e perda de qualidade de vida que se tem verificado no nosso País..."
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