Um estudo do Departamento de Psicologia da Universidade do Minho, identificou índices elevados de experiências adversas na infância de adultos com obesidade mórbida.
A investigadora explicou que a ideia de averiguar se na origem da obesidade mórbida estão experiências adversas na infância partiu da constatação de que “comer de uma forma compulsiva pode ser uma forma de tentar resolver os problemas”.
A investigação visou “caracterizar as histórias de vida destas pessoas” (obesos), confessando que sempre suspeitou que “a cirurgia bariátrica [colocação de uma banda gástrica] não resolve tudo”.
Existe a necessidade de os doentes obesos terem um acompanhamento psicológico, antes, durante e após a colocação de uma banda gástrica contra a obesidade mórbida. Isto porque, a ingestão compulsiva de alimentos ocorre em períodos de maior ansiedade, que terão na origem as experiências adversas sofridas na infância.
O estudo visou apurar se os obesos em questão foram expostos a abuso emocional, físico ou sexual, bem como a violência doméstica, abuso de substâncias no ambiente familiar, divórcio ou separação parental, prisão de um membro da família, doença mental ou suicídio, negligência física e emocional. Os resultados referem que apenas 12 por cento não foram sujeitos a qualquer tipo de adversidade, enquanto 88 por cento dos sujeitos que participaram neste estudo relatam pelo menos um tipo de adversidade e 47 por cento relatam cinco ou mais experiências adversas durante a infância.
Fonte: O Primeiro de Janeiro
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