21 de maio de 2008

O seu filho vai comer sopa e fruta hoje ao almoço?

Com os chocolates ou as batatas fritas a imporem-se na dieta alimentar dos mais novos, o Ministério da Educação assina protocolo para travar a obesidade entre as crianças.

Por muito boa que seja a sopa de legumes da escola, as crianças preferem os croissants, os chocolates, as batatas fritas que comem em casa ou no café. São alimentos que cativam os olhos e fazem as delícias das papilas gustativas, mas que podem estar a contribuir para o aumento do número de crianças com excesso de peso ou obesas. Há nutricionistas e dietistas a fazer ementas para que as crianças nas escolas tenham uma alimentação correcta e saudável.

As refeições são boas, garante o Ministério da Educação, que ontem assinou um protocolo com a Nestlé, com o objectivo de promover hábitos alimentares saudáveis e a prática de exercício físico. Nos últimos anos, a tutela tem estabelecido protocolos com a indústria alimentar também com o objectivo de melhorar a oferta desses produtos nas escolas, revela Luís Capucha, director-geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular.

A maioria das escolas públicas oferece refeições quentes e completas, com direito a sopa e a sobremesa. É a partir do 5.º ano que os meninos se sentem crescidos o suficiente para decidir se comem na cantina, onde uma refeição completa pode não ultrapassar os dois euros; ou no bar da escola, onde há folhados, rissóis, chocolates, baguetes mistas ou de frango. À medida que vão crescendo, as ofertas começam a ser mais e o almoço pode ser feito em qualquer sítio, menos na cantina.

Na escola, os alunos comem melhor porque os menus são idealizados por nutricionistas que procuram promover uma alimentação saudável, reforça o governante. Para as empresas de restauração que servem refeições, o caderno de encargos é gigantesco e pormenorizado sobre o que se deve ou não consumir.

Os programas de educação alimentar podem fazer a diferença, acredita Ana Leonor Perdigão, nutricionista e responsável pelo programa Apetece-me da Nestlé (www.apetece-me.pt), que faz chegar às escolas informação e materiais pedagógicos.

Fonte: Jornal Público

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