Um espectáculo poético-musical concebido a partir da peça "Fulgor e Morte de Joaquín Murieta" de Pablo Neruda, que o Teatro Art'Imagem apresentou em Maio de 2007, no Teatro Carlos Alberto, Porto, em co-produção com o Teatro Nacional São João.
Joaquín Murieta é um emigrante chileno (segundo Pablo Neruda) que chega à Califórnia em 1830 durante a Febre do Ouro. Em vez de oportunidades, Murieta encontra racismo e discriminação; primeiro, com a aprovação de uma lei que obrigava os mineiros latino-americanos a pagar um pesado imposto; depois, com a violação e assassinato da sua mulher, Teresa. Impossibilitado de ganhar a vida legalmente, Murieta junta-se a um bando e torna-se uma figura lendária, eternizada como exemplo de rebeldia perante a injustiça, sendo morto em 25 de Julho de 1853 por um grupo de "rangers".Teatro, poema épico, cantata dramática, "oratória insurreccional" - Fulgor e Morte de Joaquín Murieta (1965-67), a partir do qual se fez esta cantata, continua, ainda hoje, a criar embaraços aos fanáticos da catalogação, desarmados pela indisciplinada originalidade desta obra escrita por Pablo Neruda, um dos pais fundadores da literatura latino-americana do séc. XX.
As palavras de Neruda, em canto e movimento, num teatro em estado puro em que o actor é o verdadeiro protagonista e se elege a poesia como um caminho possível para a remissão do mundo.
27 de Março pelas 22h30m no Fórum da Maia
Fonte: Teatro ArtImagem
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