Cremar consiste em incinerar o cadáver até reduzi-lo a cinzas, submetendo-o a temperaturas que oscilam entre 1.100 e 1.370 graus centígrados, durante cerca de duas horas. Toda a matéria orgânica é ecologicamente consumida, reduzindo-se a cerca de 4 Kg de esbranquiçada cinza.
O Fogo é usado em rituais religiosos desde tempos imemoriais, sendo considerado pelos nossos antepassados como o mais nobre dos elementos, pela sua força purificadora.
Esta escolha tem vindo a ganhar adeptos um pouco por todo o mundo e consequentemente também em Portugal. Tem apoiantes e combatentes da ideia, como geralmente acontece com todas as novidades.
Apesar das implicações éticas, jurídicas e sociológicas, nenhuma religião condena a cremação, e o Vaticano, abandonada a figuração materializada do céu e do inferno, aceita-a desde que não se configure como negação da fé. Eis, portanto, chegada a hora de deixar de encarar a cremação como uma heresia e abrir a discussão pública.
"Na minha opinião corpo é apenas o transporte que usamos na vida e quando o final chega, o corpo físico deve apenas ter a importância que ele tem e só essa, despindo-se de todas as excentricidades que entretanto a humanidade foi criando em volta dos cadáveres.
Sinto que sou daquelas pessoas que não nasceram para passar a vida inteira a dormir fechados numa caixão. Espero que as cinzas do meu ser sejam depositadas no local que traga a beleza e serenidade do meu ser :).
Mais vale dar flores aos vivos...e queimar os mortos... "
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