O chefe espiritual dos budistas tibetanos, o Dalaï Lama, insurgiu-se hoje, dia 10 de março, contra as violações cometidas pela China contra o Tibete."A repressão aumenta até atingir enormes e inimagináveis violações dos direitos humanos, desde a negação da liberdade e a politização das questões religiosas", declarou o Dalaï Lama. Estes comentários severos do prémio Nobel da Paz contrastam com a moderação a que nos habituou, nos últimos anos, na sua oposição à China.
O Dalaï Lama que com 72 ans vive exilado em Dharamsala, no norte da Índia, desde 1959, defende a autonomia do Tibete e abre mão da sua independência, uma reivindicação apelidada de "via moderada", mas que a China rejeita.
"Desde há quase 6 décadas que os tibetanos vivem permanentemente sob o medo e a repressão chinesa", denunciou ainda, perante os seu partidários."Estes últimos anos o Tibete foi cenário de uma repressão e de uma brutalidade crescentes. Apesar destes acontecimentos infelizes, eu continuo deterninado a perseguir a política da 'via moderada'", assegurou.
Fonte: Le Nouvel Observateur
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