Nesta quarta-feira, a medida foi votada favoravelmente pelo Conselho da Cidade e a sua porta-voz, Christine Quinn, garantiu à Reuters que os nova-iorquinos mais desfavorecidos terão melhor acesso a produtos frescos e naturais o mais tardar na Primavera: “As comunidades na nossa cidade onde a obesidade e a diabetes continuam a subir muito são as mesmas onde falta até o acesso mais básico a frutas e vegetais frescos”.A disparidade entre zonas ricas e pobres é significativa: há mais de quatro mil “bancas verdes” em Nova Iorque, mas a grande maioria situa-se em zonas abastadas, como Manhattan. Os apoiantes da decisão argumentam que os mais pobres estão cercados por lojas de conveniência, que vendem em geral produtos processados e embalados.Os opositores à medida também se fizeram ouvir, e com sucesso relativo, pois os protestos dos supermercados e dos donos de lojas conseguiram baixar o número de autorizações previstas na proposta inicial. “Se as pessoas quisessem esses produtos, as lojas vendê-los-ia e haveria ‘bancas verdes’ nas ruas”, argumentou o conselheiro John Liu.Apesar da pressão dos supermercados e das lojas de conveniência, pelo menos mil novas bancas vão para as ruas dos bairros pobres. Os números são elucidativos do problema: mais de metade dos nova-iorquinos adultos tem excesso de peso e 700 mil sofrem de diabetes, mas, enquanto em Manhattan a taxa de obesidade é de 15 por cento, nos bairros de Harlem, South Bronx e Bedford-Stuyvesant, em Brooklyn, o valor sobre para 27 por cento.Esta não é a primeira medida das autoridades de Nova Iorque para levar os seus cidadãos a terem hábitos mais saudáveis: em 2003, a cidade proibiu que se fumasse em bares em restaurantes, em 2006 proibiu os restaurantes de usaram gorduras trans-saturadas e prepara-se para obrigar as cadeias de “fast food” a indicar a quantidade de calorias nos placards dos seus menus.
Fonte: www.publico.pt ( Peso & Medida )
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