25 de julho de 2008

Movimento católico questiona recusa da pílula e do preservativo

Nos 40 anos da Humanae Vitae, o movimento Nós Somos Igreja quer que a doutrina católica faça uma "valorização positiva da sexualidade"

A Igreja Católica "precisa de uma nova doutrina da sexualidade", que signifique abandonar a recusa da utilização dos métodos de contracepção considerados artificiais, como a pílula ou preservativo. A posição é assumida pelo movimento católico internacional Nós Somos Igreja (NSI), no dia em que se comemoram 40 anos sobre a publicação da encíclica Humanae Vitae (HV), sobre a regulação dos nascimentos (ver P2, No Passado). (...)

O movimento recorda que a intenção da encíclica era a de "subordinar a transmissão da vida ao amor entre os cônjuges e à capacidade destes para construir a sua relação sexual. Mas o movimento católico lamenta que a única mensagem que foi perceptível para os fiéis foi: "Contracepção só por meios naturais." (...)

A adopção da HV teve "consequências fatais", diz o texto do NSI: "Frustrou-se a recepção positiva da encíclica e, assim, a Igreja Católica perdeu competência e credibilidade [no campo da sexualidade humana e da vida sexual em sentido amplo e sem condenações."

Agora, é necessário actualizar a doutrina tendo em conta as mudanças das últimas décadas, começando por "aceitar os novos conhecimentos científicos sobre a sexualidade - homossexualidade incluída", e abandonando "juízos erróneos baseados na ignorância".

Fonte: Jornal Público

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