Os primeiros projectos lançados no âmbito do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Eléctrica (PPEC), no ano passado, vão permitir poupar tanto quanto o consumo de 165 mil famílias, aproximadamente o consumo anual conjunto dos concelhos do Porto e Guimarães ou, isoladamente, de Sintra.
É muito ou pouco? Pode parecer pouco por representar apenas um por cento do consumo anual de electricidade do país, mas é considerado muito para um plano localizado de medidas de eficiência, referentes a apenas dois anos (2007-2008).Com o pacote de projectos em execução, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) reviu agora em alta o seu impacto, verificando-se, segundo a própria, que ultrapassam os objectivos enunciados pelos seus responsáveis. Em vez da prevista troca para 550 mil lâmpadas mais eficientes, são abrangidas 900 mil; em vez de 5500 frigoríficos de eficiência de topo, são 7000.
As 26 medidas em execução desde o ano passado, por parte de sete promotores, têm efeito até 2023, acompanhando a vida útil dos novos electrodomésticos adquiridos no âmbito da campanha.
A energia poupada neste período, à conta destas medidas, é de 469 gigawatts/hora, correspondendo ao consumo anual de 165 mil famílias. Deste total, a parcela mais significativa - 275 GWh, tanto quanto consomem normalmente 100 mil famílias - resulta de medidas postas em prática no segmento residência, provando que o consumo doméstico é o terreno eleito para este tipo de programas.
Quanto aos consumidores industriais, o balanço da ERSE indica que estes vão poupar, no total, 184 GWh, equivalente ao consumo anual de 65 mil famílias. A entidade reguladora toma como família-tipo portuguesa a definida pelo INE, de 2,5 pessoas.
Com um custo global de cinco a seis milhões de euros, o Governo promete distribuir gratuitamente lâmpadas de baixo consumo junto das famílias de menores rendimentos e nas escolas.
Fonte: Jornal o Público
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