25 de setembro de 2008

Poemas de Bin Laden vão ser publicados nos EUA

Um professor da Universidade da Califórnia vai publicar poemas escritos por Osama Bin Laden, na próxima semana. Flagg Miller, especialista em literatura árabe, descobriu que o líder da Al-Qaeda recitava poesias em festas e gostou das obras: Bin Laden "é um poeta habilidoso, com boas rimas e métrica", disse.

Segundo o Times Online, as leituras dos seus poemas em festas durante os anos 90 foram gravadas em cassetes, recuperadas no Afeganistão depois dos ataques de 11 de Setembro. Miller ouviu as fitas, pela primeira vez, há quatro anos, quando estavam a ser analisadas pelo FBI.

Bin Laden intitula-se "poeta da guerra" e, de acordo com Flagg Miller, usa habitualmente as montanhas como metáfora. A poesia do líder da Al-Qaeda tem por objectivo defender uma "teologia radical" e despertar o interesse dos jovens. Segundo Miller, os poemas de Bin Laden pretendem convencer “a juventude insatisfeita a fugir das suas casas e das suas aldeias”.

De acordo com o Times Online, alguns especialistas em cultura árabe não gostaram da divulgação das cassetes, alegando que Bin Laden é "uma desgraça para a cultura árabe".

Miller pretende escrever um livro de análise da poesia de Bin Laden e do seu papel na "jihad" (guerra santa). Enquanto isso, as cassetes serão restauradas e colocadas à disposição de académicos em 2010.

Fonte: Jornal Público

Porto Capital da Poesia 2008??!!

A Aos visionários costuma acontecer terem razão antes do tempo. O poeta Joaquim Castro Caldas, que morreu no dia 31 de Agosto - "num domingo e sem acreditar em deus", como alguém escreveu num blogue -, teve-a quando, nos finais da década de 1980, lançou as míticas noites de poesia no Pinguim Café. No início, disseram-lhe que era louco, que não havia quem se dispusesse a ouvir poemas, ainda por cima numa segunda-feira à noite. Pouco tempo depois, as 2.ªs feiras líricas ganharam estatuto de culto.

Formavam-se filas de pessoas que esperavam para poder entrar na subcave daquele café da Rua do Belmonte. Pudera: ali, a poesia corria vadia, regada a álcool, com travo a nicotina. Enquanto a maioria dormia, aquele grupo declamava rente ao coração a balbúrdia do mundo, como se o mundo estivesse todo ali: entre aquelas paredes de pedra à vista.

A partir de 6 de Outubro, no mesmo Pinguim Café, o actor Rui Spranger vai voltar a dedicar as noites de segunda à poesia. Entretanto, embora com nuances, o formato disseminou-se por vários locais do Porto. No Teatro do Campo Alegre, por exemplo, os poemas disfarçam-se de senhoras de salto alto, lavados já do tabaco. Mas ainda há quem, como no Púcaro's Bar, insista na boémia das palavras e as deixe sair sem guião. A partir das 24h00, para não espantar quem vá ali por engano. Já nas Quartas Mal Dita", do Clube Literário do Porto, procura-se que os poemas se enrosquem ao ouvido com o conforto de um pijama velho.

Independentemente do formato adoptado, o Porto parece rendido à poesia. As sessões renderam-se ao poder da Internet. Anunciam-se em mailing lists, comentam-se em blogues, assumem letra de forma em convocatórias à imprensa.

Locais onde se diz e ouve poesia:
  • Teatro do Campo Alegre (Rua das Estrelas) - Quintas
  • Púcaro's Bar (Rua de Miragaia, 55) - Quartas
  • Clube Literário do Porto (Rua Nova da Alfandega, 22) - Quartas
  • Café Progresso (Rua Actor João Guedes, 5) - Sem dia certo

    Fonte: Jornal Público

23 de setembro de 2008

Fórum «Campanhas Eleitorais e Comunicação Política»


Como ganhar uma eleição?

O Fórum a realizar Sexta-feira, 3 de Outubro de 2008 destina-se a autarcas, políticos em geral, quadros técnicos de empresas e municípios, membros de gabinetes políticos, que se interessam pela comunicação política e pela organização científica e eficaz de campanhas eleitorais. A presença no Porto, neste Fórum, de uma das principais especialistas mundiais – Maria José Canel – em comunicação política é uma oportunidade única para todos os que querem aprofundar os seus conhecimentos nesta área.

Maria José Canel Crespo
Presidente da Associação Espanhola de Comunicação Política; Catedrática de Comunicação Política na Universidade Complutense de Madrid, Autora de diversas Obras sobre Comunicação Política, nomeadamente “Comunicación Política – Una guia para su estudio y práctica” e “Comunicación de las Instituciones Públicas”.


Luís Cividanes Gonzalez
Mestre em Comunicação e Marketing Político, Doutorando em processos políticos contemporâneos na Universidade de Santiago de Compostela, Consultor e Formador de Estrategia Local (Espanha).


Rui Oliveira e Costa
Especialista em Estudos de Opinião e Docente Universitário.


O local escolhido para a realização do Fórum esta situado no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, em plena beira-rio, na zona histórica do Porto, Património Mundial, o centro de congressos da Alfândega acolhe eventos de topo tendo sido remodelado para o efeito e por ocasião da Cimeira Ibero-Americana.

As inscrições podem ser confirmadas online no site www.redenew.pt, ou por carta, fax ou telefone.

Alunos discriminados no aluguer de quartos

Os rapazes são desarrumados e borguistas, logo, maus inquilinos. Verdade ou mentira, é este o estigma que os impede de, chegados à Universidade, arrendar quarto com facilidade. 60% dos senhorios preferem raparigas.

No site da Federação da Universidade do Porto (FUP), 80% dos anúncios especificam que os destinatários das casas são as raparigas, apurou a agência Lusa. "Há senhoras idosas que arrendam um quarto na própria casa e têm alguma resistência em acolher um rapaz nos seus aposentos", observa Ivo Santos, da FUP.

"É claramente uma situação de discriminação", assegura Nuno Grandin, da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género. "São fenómenos de algum preconceito, que projectam comportamentos estereotipados dos homens e das mulheres, em que elas estão mais associadas às lides domésticas e eles a comportamentos mais desarrumados".

Em termos legais, é uma situação complicada, já que muitas vezes estão em causa arrendamentos de habitações privadas onde vivem os próprios senhorios, que têm direito a escolher com quem querem viver. "As liberdades individuais estão acima de todas as outras", nota Nuno Gradim.

Os responsáveis académicos dizem tratar-se de discriminação e defendem que o problema está associado ao estereótipo comportamental associado aos dois sexos. "Os senhorios dizem que as raparigas são mais arrumadas, mas isso é discriminação. Somos todos estudantes", defende a coordenadora do Gabinete de Acção Social da Associação Académica de Coimbra, Ana Margarida. "Há mais quartos disponíveis para raparigas, numa relação de 60 para 40", insiste a responsável.

O problema agrava-se porque a oferta das cidades universitárias é inferior à procura. Em Faro, entraram este ano cerca de 1500 alunos e a universidade só tem registo de 200 quartos para arrendar, exemplificou Ana Sequeira, responsável pelo gabinete habitacional da Associação de Estudantes da Universidade de Faro. E alugar um apartamento é uma opção dispendiosa quando não existe uma rede de amigos com quem partilhar a renda.

Estes casos, acrescenta Ana Sequeira, redundam sempre em situações complicadas: no desespero, há quem implore ao senhorio para deixar ficar dois estudantes num quarto de um; quem peça para ocupar a sala; e quem não tenha alternativa a não ser ficar na pousada do Instituto da Juventude ou em pensões.

À dificuldade em encontrar um espaço para ficar, soma-se os preços cobrados pelos quartos. Neste aspecto, os filhos dos polícias são privilegiados. Por apenas 65 euros por mês - metade do que pagariam num quarto particular -, têm direito a viver em lares de estudantes dos Serviços Sociais, disponíveis em várias cidades do país. No total, são 126 camas em lares masculinos e femininos, distribuídos por Aveiro, Coimbra, Lisboa, Ponta Delgada e Porto.

Os Serviços Sociais estão a estudar a possibilidade de inaugurar instalações noutras localidades que tenham pólos universitários e cuja habitação ou valor de aluguer de casas esteja inflacionado.

Fonte: Jornal de Notícias

Colar GPS no pescoço de Fojo 'revela' segredos da alcateia

O jovem lobo Fojo não sabe, mas o colar com GPS que tem no pescoço permite aos investigadores do Projecto de Investigação e Conservação do Lobo no Noroeste conhecer todos os seus passos na Serra do Soajo.

"Este pode ser um dos animais que ajuda a alimentar as crias, uma espécie de 'baby-sitter' da alcateia, já que regressa sempre ao local onde estão as crias", afirmou a bióloga Helena Rio Maior, que tem monitorizado as deslocações do lobo desde que lhe colocou o colar, na manhã de 20 de Agosto.

O Fojo, um macho entre um e dois anos de idade, pertence à alcateia do Soajo, que tem oito elementos confirmados, entre crias, adultos e sub-adultos, tendo sido apanhado numa armadilha colocada na serra, junto ao local onde os investigadores tinham detectado a presença de crias na noite anterior.(...)

Trata-se de um comportamento normal entre os lobos, que são animais sociais e se juntam para alimentar as crias, que, nesta altura do ano, com pouco mais de três meses de idade, já não dependem exclusivamente do leite materno, mas ainda não saem do local onde nasceram.

"As incursões que ele tem feito para fora daquela zona são sempre para caçar e se alimentar", frisou Helena Rio Maior, destacando que esta situação permite que os investigadores conheçam rapidamente os locais onde ocorrem ataques de lobos.(...)

Se tudo correr conforme o previsto, o colar que o Fojo tem no pescoço vai cair, de forma automática, às 04:00 de 12 de Outubro de 2010, altura em que os investigadores esperam conhecer muito melhor os hábitos da alcateia do Soajo.

O recurso à telemetria GPS é uma novidade do Projecto de Investigação e Conservação do Lobo no Noroeste de Portugal, financiado pela empresa de energias renováveis Vento Minho.

O lobo é actualmente o último grande predador da fauna portuguesa, sendo considerada uma espécie 'em perigo' há mais de uma década.

O mais recente censo nacional, realizado em 2002 e 2003, revelou a existência de 65 alcateias, num total de cerca de 300 indivíduos.

Fonte: UNIVERSIA

Portugueses estão a andar mais de bicicleta

Não haverá dado mais apropriado para assinalar, hoje, o Dia Europeu sem Carros: o número de portugueses a andar de bicicleta está a crescer - e isso é algo que se vê nas ruas, nas ciclovias e, sobretudo, em inúmeras iniciativas por todo o país. Acresce que das 1249 medidas permanentes prometidas pelas autarquias que aderiram à Semana Europeia da Mobilidade entre 2000 e 2007, quase um quinto (227) destinava-se ao uso da bicicleta.

Este ano, das 67 autarquias aderentes, pelo menos 22 prometem mais ciclovias, mais pontos de estacionamento ou outras medidas mais originais. A Câmara de Coruche, por exemplo, vai passar a disponibilizar bicicletas aos seus funcionários, para deslocações em serviço.

Durante anos, falou-se mais dos pioneiros, como Aveiro, que desde 2000 tem um sistema de empréstimo gratuito de bicicletas - as Bugas. Das 250 que a câmara disponibiliza, cerca de 150 são diariamente utilizadas.

Cascais também saiu na frente, em 2001, com as Bicas - igualmente de uso gratuito. Em 2006 e 2007, foram pedaladas por 64 mil pessoas, durante 169 mil horas.

O modelo de empréstimo ocasional está a dar lugar a outras soluções. Em Almeirim, a autarquia vende bicicletas a custo reduzido. Na Universidade do Minho, os alunos recebem bicicletas para uso por três anos. Lisboa poderá adoptar um sistema semelhante ao de Paris, onde é semipago.

Por todo o país, há projectos para estimular o ciclismo numa base diária. Mas nem todos são vistos como realmente estruturantes. "Ainda estamos na fase em que as câmaras, para não perder o comboio, dizem: 'Temos 100 bicicletas, venham cá buscar'", diz José Nuno Amaro, da Ideia Biba, empresa que lançou o projecto BUTE, na Universidade do Minho...

Fonte: Jornal Público

10 de setembro de 2008

Plano de poupança de electricidade equivaleu ao gasto do Porto e Guimarães

Os primeiros projectos lançados no âmbito do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Eléctrica (PPEC), no ano passado, vão permitir poupar tanto quanto o consumo de 165 mil famílias, aproximadamente o consumo anual conjunto dos concelhos do Porto e Guimarães ou, isoladamente, de Sintra.

É muito ou pouco? Pode parecer pouco por representar apenas um por cento do consumo anual de electricidade do país, mas é considerado muito para um plano localizado de medidas de eficiência, referentes a apenas dois anos (2007-2008).

Com o pacote de projectos em execução, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) reviu agora em alta o seu impacto, verificando-se, segundo a própria, que ultrapassam os objectivos enunciados pelos seus responsáveis. Em vez da prevista troca para 550 mil lâmpadas mais eficientes, são abrangidas 900 mil; em vez de 5500 frigoríficos de eficiência de topo, são 7000.

As 26 medidas em execução desde o ano passado, por parte de sete promotores, têm efeito até 2023, acompanhando a vida útil dos novos electrodomésticos adquiridos no âmbito da campanha.

A energia poupada neste período, à conta destas medidas, é de 469 gigawatts/hora, correspondendo ao consumo anual de 165 mil famílias. Deste total, a parcela mais significativa - 275 GWh, tanto quanto consomem normalmente 100 mil famílias - resulta de medidas postas em prática no segmento residência, provando que o consumo doméstico é o terreno eleito para este tipo de programas.

Quanto aos consumidores industriais, o balanço da ERSE indica que estes vão poupar, no total, 184 GWh, equivalente ao consumo anual de 65 mil famílias. A entidade reguladora toma como família-tipo portuguesa a definida pelo INE, de 2,5 pessoas.

Com um custo global de cinco a seis milhões de euros, o Governo promete distribuir gratuitamente lâmpadas de baixo consumo junto das famílias de menores rendimentos e nas escolas.

Fonte: Jornal o Público

Recriar os primeiros segundos do universo

Hoje, depois de três décadas de trabalhos e estudos, o maior acelerador de partículas alguma vez criado pelo homem vai permitir recriar os primeiros momentos do universo, podendo mudar todos os conceitos que temos acerca da criação do mundo.

O Centro Europeu de Investigação Nuclear (CERN), na Suíça, que desenvolveu este projecto gigantesco com um custo total da ordem dos oito mil milhões de euros, espera que o Large Hadron Collider (LHC), assim se chama o acelerador, responda às grandes questões que há dezenas de anos movimentam o mundo da física das partículas.

O funcionamento do LHC permitirá chegar a descobertas que "mudarão profundamente a nossa visão do universo, particularmente a sua Criação", afirma o director do CERN, Robert Ay- mar. O grande projecto, que o CERN garante ser seguro, permite recriar as condições que prevaleceram no universo nos milésimos de segundo que se seguiram imediatamente ao Big Bang, processo em que serão geradas temperaturas 100 mil vezes mais elevadas que as do centro do sol.

Encontrar o instável 'bosão de Higgs', a chamada partícula de Deus, porque muitos investigadores a estudaram mas ninguém a viu, é outro dos objectivos. Neste caso, o CERN está a tentar chegar ao Higgs antes dos norte-americanos do Fermilab, um laboratório de Chicago.

O LHC pretende, ainda, explorar a superssimetria, conceito que permite explicar uma das descobertas mais estranhas dos últimos anos, a de que a matéria visível só representa 4% do universo. A matéria negra e a energia negra (73%) partilham o resto. Por fim, permitirá estudar o mistério da matéria e da antimatéria. Quando a energia se transforma em matéria produz, aos pares, uma partícula e o seu reflexo, uma antipartícula de carga eléctrica oposta. Conhecido este procedimento, a lógica seria a de que a matéria e a anti-matéria existissem no universo em quantidades iguais - o mistério é que, na realidade, a antimatéria é rara.

Fonte: Jornal de Notícias