AS SALAS de chuto ajudam os toxicodependentes a adoptar práticas de consumo mais saudáveis e contribuem para reduzir os incómodos públicos provocados pela droga, apesar de não os eliminarem – segundo conclusões de um estudo inédito realizado pelo Instituto para a Investigação da Droga e Toxicodependência (ISD) de Hamburgo, por encomenda da Comissão Europeia. O trabalho procedeu à «Avaliação da oferta de salas de consumo para toxicodependentes em três cidades europeias»: Hamburgo (Alemanha), Roterdão (Holanda) e Innsbruck (Áustria).
Os resultados têm aspectos controversos, mas a conclusão é inequívoca: para atingir mais consumidores de forma mais eficaz e reduzir ainda mais o consumo público de droga,«parece ser necessário aumentar a disponibilidade das salas de consumo»
Estas salas são locais onde os toxicodependentes podem consumir drogas sem risco de contrair doenças e sem colocar em perigo a saúde pública, como acontece actualmente. Nos grandes centros urbanos, há salas de chuto, a céu aberto, que constituem um perigo real para as populações e um foco de contágio rápido para os utilizadores de drogas. A ideia das salas de consumo assistido é juntar condições de assepsia e técnicos de saúde que ajudem a prevenir os riscos e a diminuir os danos associados ao consumo de estupefacientes.
A existência de técnicos de saúde especializados nesta matéria é condição fundamental à concretização dos objectivos destas salas encaminhar os toxicodependentes para tratamento. Seja para acabar com a adição ou para tratar das doenças infecto-contagiosas associadas à droga. "As salas de consumo assistido têm uma grande virtualidade: aproximar os utilizadores de drogas dos serviços de saúde, de forma a que possa ser feito rastreio e encaminhamento para tratamento".
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